Vegetarianismo e Vitamina B12

O paradigma de que uma dieta estritamente vegetariana não supre a necessidade de vitamina B12 no organismo humano pode ser transcendido. Clemente nos apresenta um caminho.

A Vit.B12 é uma substância essencial para o metabolismo celular. No processo de duplicação do DNA do código genético, isso está implicado diretamente na reprodução celular. A Vit.B12 tem um papel muito importante.

E essa Vit. B12 é essencial ao metabolismo das células nervosas, na formação direta da bainha de mielina. A bainha de mielina é uma bainha que envolve os nervos, e essa bainha é essencial para conduzir os impulsos nervos, e sem essa bainha de mielina os nervos não podem cumprir sua função que é de levar informação de uma área para outra do organismo.

E a vit.B12 é essencial também para o metabolismo da medula óssea, onde se dá a formação das células sanguíneas.Por aí pode ver que uma carência, uma deficiência da vit.B12 tem repercução profunda para o organismo humano. E quando agente fala na importância, agente pensa na ordem de gramas e miligramas.

A vit.B12 está presente no organismo na ordem de 1 para 1 trilhão de gramas e sem ela o organismo desiquilibra dentro de um certo tempo.

Pelo que se sabe hoje a vit B12 é produzido basicamente pelo metabolismo bacteriano ou seja, as células ao se alimentarem produzem em seu metabolismo vit.B12 e essa vit. B12 pode se tornar disponível para outros organismos a depender do meio onde ela está e ela é encontrada quase que exclusivamente nos alimentos de origem animal, no leite, nos derivados, nas carnes, nos ovos, isto é hoje o que se sabe.

O que se sabe também é que a flora intestinal, ela é capaz de produzir a vit.B12, só que a vit. B12 proveniente dessa flora intestinal parece não ser suficiente ou ela é pouco absorvida pelo organismo. Isto é o que se sabe hoje.

E também se fala que as fontes vegetarianas de VitB12, por ex. cereais integrais, alguns alimentos fermentados, levedo de cerveja, que não deixa de ser uma fermentação bacteriana. Essas fontes vegetarianas não são adequadas para suprir as necessidades da vit.B12, porque elas se encontram em quantidades muito diminutas. Então os alimentos vegetarianos precisariam ser consumidos em grande quantidade para suprirem a necessidade de vit. B12 para o organismo. Então um dos grandes paradigmas da medicina em relação ao vegetarianismo, afirma o seguinte: que a alimentação vegetariana estrita ou seja sem ovos, sem laticínios não é adequada ao ser humano, pois não oferece ao organismo vit.B12 em quantidade suficiente. Esta afirmação parece estar em contradição com os textos básicos de fisiologia, principalmente, aos textos de fisiologia anteriores à década de 50 e 60. Esses textos afirmam que A FLORA INTESTINAL É CAPAZ DE PRODUZIR A VIT.B12 suficiente. Mas os textos mais modernos não levam em consideração essa atividade bacteriana, ou seja, essa produção de vit. B12 pela flora intestinal. Aí existe uma aparente contradição. Uns textos afirmando uma coisa e outros textos afirmando o contrário. Então podemos perguntar porque essa contradição. O QUE ACONTECEU COM ESSA FLORA INTESTINAL que ora era capaz de produzir a vit. B12 e agora não está mais funcionando adequadamente, ou seja não está mais produzindo a vit. B12 necessária ao organismo humano.

A flora intestinal desempenha uma função decisiva para a manutenção da vida no ser humano e o intestino humano possue mais de 400 espécies diferentes de bactérias e o número total de bactérias é superior a 100 trilhões de organismos vivos. Essas bactérias representam de 1 kg. a 1,5kg. do peso corporal em bactérias. Mais de 1% do peso corporal de um adulto é representado pela flora intestinal, isso já dá o peso da importância dessa flora intestinal para o organismo.

Como nós sabemos o fígado é o laboratório do corpo, e a flora intestinal tem quase o potencial de exercer as mesmas funções básicas que o fígado desempenha, então ela tem um peso decisivo para a manutenção de todo equilíbrio de toda vida do organismo humano. Esta flora, esses trilhões de organismos dentro do intestino vivem um delicado equilíbrio e um meio muito competitivo. O que isso significa. Isso significa que os alimentos que nós ingerimos são capazes de determinar a composição dessa flora intestinal. Então a composição dos alimentos pode favorecer o desenvolvimento de algumas bactérias e pode prejudicar o desenvolvimento de outras bactérias. Então os alimentos que nós ingerimos tem a capacidade de alterar essa composição da flora.

Vocês imaginem agora um pedaço de carne, dentro de um recipiente fechado fora da geladeira; essa carne passa em pouco tempo a uma decomposição putrefativa. Aquela carne em pouco tempo vai passar por um processo de putrefação, de uma deterioração. Imaginem também um punhado de farinha dentro de um recipiente deixado fora da geladeira, essa farinha em poucas horas vai passar por um processo de decomposição só que de uma decomposição fermentativa. É uma decomposição tanto num caso como no outro essencialmente diferentes. Isto é uma condição que está presente dentro do nosso intestino como nós vamos ver.

Quando nós desequilibramos a nossa dieta e a dieta tem uma quantidade maior de proteínas ou uma quantidade maior de carbohidratos que são essas farinhas, com o tempo elas vão produzir um meio intestinal que vai favorecer, hora essas bactérias que vivem num meio putrefativo, ora as bactérias que vivem num meio fermentativo. Isso nós vamos ver com mais detalhes.

Nós sabemos que nas últimas décadas ocorreram mudanças radicais nos padrões alimentares do ser humano, dos padrões alimentares modernos, houve um consumo muito maior dos alimentos de origem animal, de carnes, de ovos, de leite e derivados, a indústria hoje não para de a todo momento estar colocando novos produtos baseados na fonte animal. E houve também nessas últimas décadas um consumo muito maior de alimentos refinados, industrializados. São alimentos já pré digeridos, já pré-cozidos que chegando no intestino, logo são atacados por essa flora intestinal e promovendo muito desequilíbrio aí como vamos ver. E houve também um consumo acentuado de açúcar, gorduras e bebidas alcoólicas e refrigerantes, ou seja uma parafernália de produtos alimentícios que basta passar por um supermercado, nós vimos realmente o que existe nesse campo. Então tudo isso, essas mudanças promoveram um desequilíbrio muito grande na dieta moderna, na dieta básica do ser humano. Se tornou hiperproteica, ou seja con centrada em proteínas. A oferta de proteínas é muito maior hoje. É uma dieta hoje hipercalórica, alimentos altamente concentrados e já pré digeridos, que chegam no intestino, logo liberam energia, logo estão disponíveis ao organismo humano. É uma dieta rica em gorduras,e pobre em fibras. Então essa dieta cria por si só aquelas condições intestinais que vão favorecer aquelas bactérias que vão se adequar a esse novo meio, a esse novo padrão alimentar, e essa nova composição de alimentos que vão chegar aos intestinos. Então, todos esses fatores e outros, colaboraram muito para desequilíbrio da flora intestinal. Nós vimos, essa dieta desbalanceada, hiperproteica, hipercalórica, rica em gorduras, pobre em fibras, cria uma condição intestinal que vai favorecer mais as bactérias do meio putrefativo, mais aquelas bactérias adaptadas ao meio putrefativo com todas as consequências que nós podemos imaginar a carne apodrecendo dentro de um recipiente fechado. Então a dieta desbalanceada ela vai provocar esse desequilíbrio na flora intestinal.

As alimentos enlatados, industrializados com essa parafernália de químicos, para conservar, modificar para construir quase um alimento, isso também são fatores que determinaram esse desequilíbrio da nossa flora intestinal.

O uso de agrotóxicos nos alimentos desde a conservação das sementes até técnicas de plantios, adubação, as técnicas de pulverização de venenos, a conservação dos alimentos, os alimentos vão ficando carregados de substâncias tóxicas que ao entrarem no organismo vão também afetar de uma forma direta essa flora intestinal.

E a moderna antibioticoterapia, a quimioterapia, quando nós tomamos um antibiótico para uma doença qualquer, nós promovemos uma verdadeira destruição da flora intestinal.Aquela flora intestinal,aquelas bactérias sensíveia àqueles antibióticos, elas vão ser destruídas e aquelas que são resistentes que geralmente são patogênicas causadoras de doenças, elas voltam a proliferar e muitas vezes podem surgir doenças secundárias piores do que aquelas doenças que os antibióticos estariam tratando, tudo isso pelo desequilíbrio dessa flora intestinal.

E uma condição moderna e muito presente que é o stress que afeta todo trato digestivo. A composição dos nossos sucos digestivos, das nossas enzimas digestivas, tudo isso é influenciado diretamente por essa condição, porque esses órgãos são altamente sensíveis a qualquer condição de tensão, a qualquer estado mental, um estado emocional mais agitado, mais conflitivo. Então, todos esses fatores juntos e mais os outros que aqui eu não citei,trouxeram consequências muito drásticas para essa flora intestinal. A 1ª consequência é essa DISBIOSE INTESTINAL, o desequilíbrio entre as bactérias benéficas ao organismo e as patogênicas.

Normalmente deveríamos ter condições de equilíbrio entre as bactérias benéficas que deveriam ser a maioria e as bactérias patogênicas. Esse equilíbrio é chamado de EUBIOSE INTESTINAL. Quando promovemos um desequilíbrio nessa relação nós temos uma condição de disbiose intestinal que é uma condição hoje arraigada em quase toda a humanidade.

É raro um ser humano que tenha uma flora intestinal em equilíbrio, então essa disbiose, o desequilíbrio entre as bactérias benéficas e patogênicas trouxe junto distúrbios digestivos. Como elas participam diretamente dos processos digestivos, dos processos de assimilação de transformação dos alimentos já dentro dos intestinos, então o desequilíbrio nessa flora vai ter essas consequências, levando ao processo de desnutrição crônica. O indivíduo pode se alimentar adequadamente e a flora intestinal não está adequada para transformar, digerir e assimilar aqueles alimentos,uma desnuTrição mais latente e mais oculta do que uma desnutrição aparente, e essa massa alimentar também presente no intestino pode chegar a uma produção acentuada de toxinas, e o alimento sofre um processo de degradação muito maior do que deveria acontecer, então vai haver uma produção acentuada de toxinas. Essas toxinas vão ser absorvidas pelas paredes intestinais, vão para o fígado e o fígado vai destilar, parte dessas toxinas e o que ele não consegue ou seja, que ultrapassa a capacidade do fígado desintoxicar o organismo, essas toxinas entram na corrente sanguínea e entram em todo o organismo e vão causar um processo de autointoxicação geral do organismo e localmente essas toxinas podem promover uma irritação da mucosa, da parede interna que reveste os intestinos e isso tem consequências muito sérias também para a função que intestino desempenha no organismo humano.

E uma consequência hoje muito presente na vida moderna nos hábitos alimentares, pelos hábitos de vida, pelas condições psíquicas é o que chamamos de prisão de ventre.

Na prisão de ventre, o alimento que deveria entrar e sair numa refeição 12 horas depois, 18 horas depois já está disponivel para ser eliminado.Esse alimento para ou dias ou até semanas dentro do intestino. Com isso o alimento vai sofrer um processo de degradação muito maior e a produção de toxinas vai aumentar acentuadamente, de toxinas de substancias irritantes à parede intestinal, substancias carcinogênicas ou seja capazes de promover o desenvolvimento de células cancerígenas, verdadeiros venenos que são produzidos por essa flora intestinal quando ela está em desequilíbrio, tudo isso agravado pela condição de prisão de ventre, que retém o alimento por muito mais tempo, então o alimento sofre uma degradação muito maior.Então essa prisão de ventre vai intensificar os distúrbios de absorção e as doenças degenerativas crônicas. Uma grande parte das doenças degenerativas crônicas tem suas raízes nessa disbiose intestinal. Por incrível que pareça, uma grande parte nós ficamos tratando essas doenças na periferia e mal sabemos de toda essa importância dessa flora intestinal, dessa área do organismo para a economia, para o equilíbrio do organismo como um todo.

Então vocês imaginem novamente,uma massa fecal, bolo alimentar parado dentro do intestino em condições de umidade, condições de temperatura, escuro, quente, imagine esse alimento parado de 3 dias até semanas, imagine o que pode acontecer aí dentro.

E esta é uma condição muito normal hoje, que o alimento pare de 1 a 2 dias até semanas dentro do intestino, e ali as bactérias estão continuamente atacando, decompondo, putrefazendo aquele alimento, com todas as consequências que nós já anunciamos algumas.

Bem, de toda essa massa bacteriana, de toda essa flora intestinal um grupo de bactérias se destaca, que são as bífido bactérias que nós vamos estudar mais um pouco agora.

O feto na vida pré-natal tem o intestino completamente estéril, e no momento do parto ocorre uma contaminação pela flora vaginal, pela flora fecal através do nariz, através da boca,pelo meio ambiente, aparece então uma colonização rápida do trato intestinal. Isso se dá horas depois do nascimento. E depois de 2 a 5 dias aí começam a aparecer as bífido bactérias que em 1 semana pode chegar a representar 85% a 99% da flora intestinal do recém nascido. Então por aí se vê que essas bactérias devem ter uma importância muito grande. Isso se dá com uma criança amamentada com leite materno. Os lactentes amamentados com o leite materno apresentam em sua flora a predominância dessas bífido bactéria e quando essas lactentes passam a assumir padrões alimentares normais, familiares, padrões comuns de alimentação caem para um nível que ocorrem nos adultos que é um terço de tudo isso. Elas naõ ultrapassam a concentração de 30% da nossa flora intestinal. A flora intestinal do adulto normal, que se alimenta “ normalmente”.

Os lactentes amamentados com mamadeira, com leite de vaca, eles apresentam uma queda no numero das bífido bactérias e essas crianças tem uma suscetibilidade muito maior para as infecções intestinais. O que isso significa. Significa que quando as bífido bactérias quando decai na sua presença no intestino, as outras bactérias, geralmente patogênicas causadoras de doenças proliferam e vão promover infecções intestinais muito frequentes em crianças pequenas, em lactentes. E esses lactentes quando assumem padrões alimentares, a concentração de bífido bactérias vão cair significativamente.

Então hoje se sabe que pelos padrões modernos de microbiologia, hoje se sabe muito mais sobre essas bífido bactérias do que a 50 anos atrás. A 50 anos atrás não existia uma técnica adequada para o cultivo dessas bactérias e a avaliação mais pormenorizada da vida e das funções dessas bífido bactérias. Elas colaboram diretamente nos processos de digestão de assimilação como vimos. Elas ao ingerirem os alimentos que nós ingerimos transforma esses alimentos e com isso favorecem, colaboram nesse processo de digestão e de assimilação dos alimentos no organismo humano.

No seu metabolismo elas produzem certas substâncias, por exemplo o ácido acético, que é uma substância presente no vinagre e esse ácido acético tem uma função de inibir o desenvolvimento de bactérias patogênicas, de bactérias nocivas, e essas bífido bactérias são capazes de produzir substâncias antibióticas, substãncias inibidoras no desenvolvimento de outras bactérias consideradas nocivas para o ser humano.

Elas produzem também substâncias que nós chamamos antígenos que tem a capacidade de estimular o sistema imunológico tanto na mucosa intestinal, na parede que reveste internamente o intestino quanto também esses antígenos estimulam o sistema imunológico geral do organismo.

Diz se que o sistema imunológico tem seu berço aí no intestino. Aquela função básica que o sistema imunológico tem, de manter a integridade, a individualidade, a inteireza do organismo, muitos desses processos do sistema imunológico tem sua raiz nessa atividade da flora intestinal e especificamente por essas bífido bactérias, então isso joga um papel muito importante para a manutenção do equilíbrio da saúde do organismo como um todo.

E aqui chegamos a um ponto central do nosso estudo.

Essas bactérias (BIFIDO BACTÉRIAS) são capazes de sintetizar substâncias vitais para o organismo. Ao consumir entre os alimentos ela vai produzir VIT. B1, B2, B6, a VITAMINA B12, K, ÁCIDO FÓLICO, BIOTINA, NIACINA, ACIDO PANTOTÊNICO, são todas substâncias essenciais para o funcionamento, metabolismo celular. Sem essas substâncias o organismo passa por desequilíbrios mais ou menos acentuadas.

Então aí está as bífido bactérias, quando elas estão presentes na sua concentração adequada, elas tem essa capacidade de produzir a VIT.B12, em quantidades muito maiores do que as quantidades que hoje detectamos no organismo. Como temos hoje um desequilíbrio da flora intestinal, uma disbiose intestinal, essas bífido bactérias então estão num numero muito reduzido. Então essa síntese de vitaminas, ela está diminuída e não só isso, como também essa disbiose promove toda uma alteração dos processos digestivos, no processo de assimilação de alimentos, nós também temos uma carência de assimilação dessas substâncias. Então nossa flora intestinal pode estar produzindo vitB12 adequadamente e o nosso organismo pode não estar em condições de absorver todas essas substancias, isso se perde nesse mundo bacteriano.

Muitas pesquisas hoje estão associando a presença dessas bífido bactérias com a longevidade.

Se sabe por exemplo que aqueles grupos humanos acima de 100 anos, morando nas montanhas, afastados da civilização, que tem hábitos de vida ainda mais saudáveis, uma vida ativa, uma vida simples, hábitos alimentares mais equilibrados, dietas simples e equilibrada, que vivem mais de 100 anos, eles apresentam uma concentração maior de bífido bactérias na sua flora intestinal.

Esse povo, quando mudam seus padrões alimentares, quando eles passam a usar hábitos de vida da civilização, essas bífido bactérias decaem acentuadamente, na flora intestinal. Isso não significa que as bífido bactérias por si só elas sejam capazes de promover a longevidade. Porque poderíamos comer kilos de bífido bactérias, mas se não criamos aquelas condições adequadas para elas se instalarem, colonizarem o intestino, por questão de tempo elas vão ser eliminadas novamente. Então elas por si só não são responsáveis pela longevidade. Mas os hábitos alimentares, hábitos de vida saudáveis, que promovem, favorecem o desenvolvimento das bífido bactérias. Esses fatores por sí só promovem favorecem a longevidade. Então a longevidade, e a presença de bífido bactérias andam juntas. Uma não é causa da outra, como está tentando fazer hoje, associar essas bífido bactérias diretamente com a longevidade, torna-las responsáveis por uma vida mais longa e saudável do ser humano.

Como podemos fazer agora para recolonizar os nossos intestinos, a nossa flora intestinal pelas bífido bactérias.

Nós já vimos que essa disbiose intestinal, o desequilíbrio da flora bacteriana é uma forma muito arraigada no ser humano, porque foram décadas, vivendo mal, se alimentando mal, foram vidas, as vezes muitas vidas desse mesmo processo, então isso tudo fica impregnado na contraparte energética sutil do nosso intestino. Então isso influencia também nesse desequilíbrio da flora intestinal. Então essa disbiose é uma função muito arraigada no ser humano.

O que parece que a dieta vegetariana estrita pura, parece não ser suficiente para alterar essa disbiose, resgatar aquela condição de eubiose, aquela condição de equilíbrio da flora intestinal. Então como podemos fazer para recolonizar esse intestino. Quais condições que nós deveríamos promover em nosso intestino, na nossa alimentação para facilitar a recolonização do intestino pelas bífido bactérias.

Os feijões, parte da família das leguminosas, possuem 3 açúcares que normalmente não ocorrem em outros alimentos chamados de rafinose, de estaquiose,reabascose (?) como tem glicose, frutose, sacarose, são 3 açúcares próprias dos feijões. Só que esses 3 açúcares normalmente, não são digeridos pelos nossos enzimas digestivos. Esses açucares atravessam incólumes, o estômago, o nosso intestino, vão chegar ao final do intestino, vão ser atacados por bactérias que vão digerir em parte esses açúcares com as consequências que nós conhecemos, a produção de fermentação, de gases de desconforto, que é muito típico de indivíduos que usam os feijões de uma forma mais acentuada. Então esses açúcares não são digeridos ou são digeridos apenas em parte por essa flora intestinal.

E a soja apresenta grandes quantidades de rafinose, e de estaquiose, muito mais do que os outros feijões e isso também é um fator, quando o indivíduo passa a se alimentar de soja mais frequentemente, ou seja sai de uma dieta normal, ovolactovegetartiana para uma dieta vegetariana mais estrita onde os produtos de soja entram com mais peso, entra de uma forma mais direta. Então inicialmente o indivíduo passa por um desconforto, produção de gases, fermentação. Tudo isso é causado por esses açúcares. Em parte por esses açucares que não são digeridos pela flora intestinal hoje, atual,normal do ser humano.

Desses açucares, as bífido bactérias são capazes de digerir a rafinose,em parte a estaquiose, quando as bífido bactérias estão presentes dentro do intestino numa proporção maior elas se tornam capazes de digerir esses açúcares que estão presentes de uma forma mais explicita dentro da soja. Então esses açucares já se tornam por si só alimentos substâncias que vão favorecer, que vão promover, que vão facilitar o desenvolvimento das bífido bactérias.

Todos os alimentos que no nosso organismo promovem o desenvolvimento daqueles organismos benéficos ao organismo humano são chamados de alimentos prébióticos. Eles facilitam promovem o desenvolvimento daquelas bactérias benéficas ao organismo. No caso aqui esses 2 açúcares da soja, tem essa função de alimentos prébióticos ao facilitarem a vida dessas bífido bactérias. Quando nós ingerimos alimentos a base de soja, então esses açucares vão estar presentes no intestino e por si só favoreceriam o desenvolvimento dessas bífido bactérias.

Então outro conceito que temos aí também, dos organismos pró-bióticos, que são os organismos vivos benéficos ao ser humano como as bífido bactérias.

Nós vimos as funções benéficas que as bífido bactérias tem dentro do organismo humano. Então essas bactérias e outras classes de bactérias benéficas, elas são consideradas componentes probióticos, ou seja dentro do ser humano colaboram com muitas funções vitais aí do organismo.

Agora, se associamos esses elementos PRÉ-BIÓTICOS, como vimos os 2, açúcares que existem na soja, claro que a soja tem muitos outros elementos, nós só destacamos esses 2 açucares porque é o que nos interessa, o que diz respeito a essas bífido bactérias.

Então a associação desses elementos pré-bióticos, esses açúcares da soja com as bífido bactérias, é a base biológica para a criação do IOGURTE DE SOJA que nós estamos estudando hoje.

Então o uso regular desse iogurte de leite de soja enriquecido especificamente com essas bífido bactérias, poderia favorecer, poderia facilitar, poderia participar do processo de recolonização do intestino dessa flora intestinal pelas bífido bactérias e junto com esse IOGURTE, junto com esse leite de soja, existem muitos outros alimentos considerados pré-bióticos que iriam favorecer o desenvolvimento dessas bífido bactérias.

Aqui citei alguns desses alimentos,mas no grupo dos cereais nós temos, O MILHO, O PAINÇO,AVEIA,CASTANHA DO CAJU, CASTANHA DO PARÁ, TUBÉRCULOS E RAIZES, CENOURA, BETERRABA,YAKON, FRUTAS DE MANEIRA GERAL, AS FRUTAS DA ESTAÇÃO, todas elas são alimentos que tem esse caráter pré-biótico de favorecer o desenvolvimento dessas bífido bactérias.

Então esses alimentos associados com o USO REGULAR DO IOGURTE DE LEITE DE SOJA, nós poderemos então estar facilitando, intensificando esse processo de RECONSTRUÇÃO, DE REORGANIZAÇÃO E RECOLONIZAÇÃO da nossa flora intestinal pelas bífido bactérias.

Pergunta: o que acontece, com o uso regular de iogurte de soja com bífido bactéria, com os sintomas desagradáveis do uso da soja?

Então com o uso regular, o que se observa, é que aqueles sintomas decaem. Porque? Em parte, as bífido bactérias se desenvolveram mais no intestino, então com isso elas podem ter mais condições de estar digerindo esses açúcares da soja, diminuindo todos aqueles elementos desagradáveis, quando consumimos esse alimento sem maiores cuidados.

Existem alimentos que podem ser agregados crus, existem alimentos que podem ser pré cozidos também, as frutas, as castanhas, hortaliças,todas elas podem estar associadas ao leite de soja ou já no iogurte de soja. Então quando tudo isso chegar dentro do aparelho digestivo, as BIFIDO BACTÉRIAS presente no IOGURTE já se desenvolveram.

Aqueles alimentos pré-bióticos que vão constituir os alimentos dessas bífido bactérias, então tudo isso vai promovendo uma recolonização, ou pode promover uma recolonizaçao dessa flora intestinal pelas bífido bactérias.

Nós podemos reconhecer como uma primeira etapa da pesquisa com o iogurte de soja ou seja reconhecer as bases biológicas da criação do iogurte de leite de soja.

Nós reconhecemos a importância da flora intestinal, a presença importante das bífido bactérias, desses elementos pré-bióticos e agora associação desses elementos prébióticos com leite de soja, então isso vai formar essas bases biológicas para criação do IOGURTE DE LEITE DE SOJA.

A segunda etapa seria essa elaboração prática desse iogurte. Então não se trata de simplesmente deixar o leite ao ar livre, ele se colonizar expontaneamente, aquelas bactérias presentes nas paredes dos utencílios, vasilhames,no meio ambiente, bactérias que fazem parte do ar que vão cair neste leite e que vão produzir essa formação do iogurte. Aqui não, existe tudo um ritual para inocular nesse leite de soja especificamente com essas bífido bactérias.Essas bífido bactérias, são organismos isolados e que se pode ter acesso a esses organismos e inocular no leite de soja para produzir o iogurte de soja.

Então essa segunda etapa deve ter inicio entre nós a partir de amanhã. Enquanto nós estudávamos esses elementos para favorecer a recolonização da flora intestinal com as bífido bactérias, nos chegou de uma importante universidade brasileira que estava justamente trabalhando na criação do iogurte de leite de soja com essas bífido bactérias.

Então logo o contato se fez e esse pesquisador está chegando amanhã entre nós. E nós a partir de amanhã vamos partir para a parte prática, a elaboração prática desse iogurte de leite de soja.

E a terceira etapa, fazer uma dosificação sistemática da vit. B12 no sangue e ver como isso vai evoluindo ao longo do tempo.Esse iogurte também está sendo lançado comercialmente, então pode-se ter acesso também a esse iogurte…

Cópia do CD até 40 min.: VEGETARIANISMO E VITAMINA B12 de Dr. José Maria Campos

junho de 2006.( 46 min.)

OBS.: Quem quiser terminar de ouvir pode entrar no site: http://www.irdin.org.br e digitar VEGETARIANISMO E VITAMINA B12 ou pedir empréstimo de CD para ouvir para Marine ou Tsuruko.

Em união, amor e luz.

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